Hoje de manhã, ainda debaixo das cobertas, assisti à reapresentção do programa Saia Justa, no GNT, onde a discussão girou em torno de "resiliência". O termo, pra mim, é novo, eu nunca tinha ouvido, mas ele define um comportamento já conhecido: a capacidade que algumas pessoas possuem de enfrentar suas dificuldades, por mais adversas ou traumáticas que sejam as situações, em contraponto com a opção pelo sofrimento eterno que outras pessoas fazem.
Achei interessante e fiquei me questionando se sou uma pessoa resiliente. A resposta é sim, eu sou!!! Claro que quem me conhece vai perguntar: "Mas e que grandes dificuldades ou traumas enormes vc passou até hoje pra dizer que consegue superá-los?". Realmente, nenhum! Minha vida até hoje tem sido absolutamente comum e normal, com altos e baixos, momentos bons e outros mais difícies, mas nenhum grande trauma que exija um esforço enorme de superação.
Só que na minha opinião isso também é subjetivo. Pra quem não é resiliente - pra usar o termo da moda - tudo vira motivo de queixa, choro, reclamação, sofrimento agudo e uma dificuldade corriqueira do dia-a-dia pode se transformar na desgraça do século. É individual. Isso explica por que pessoas com uma vida igual ou melhor que a minha não conseguem curtir e sofrem constantemente (tudo é difícil e complicado) e outras, com uma história muito mais difícil, que passam por muitas e muitas provações e adversidades conseguem, sabe-se lá a que custo, levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima!
Claro que alguns fatores influem na capacidade de resiliência da pessoa, mas nenhum é determinante, o que me faz acreditar que essa força é algo muuuuito mais profundo mesmo. Coisas que talvez alguns anos de análise possam explicar melhor.
De qualquer forma, achei interessante definir duas coisas: que a resiliência não é um dom que a pessoa nasce com ele ou não. Pode ser desenvolvido e exercitado. E também que ela não nos impede ou poupa do sofrimento! Claro que momentos ou situações difíceis e extremas nos derrubam, nos fazem sofrer! A questão não é impedir o sofrimento, mas encontrar a forma de
lidar com ele!!
Vejo meus filhos e a vontade quase que instintiva que tenho de poupá-los de todo e qualquer sofrimento! Isso é claro, foge totalmente do controle de qualquer mãe, mas ainda que tivesse esse poder mágico, isso iria ajudá-los em quê? Não estaria no enfrentamento dos problemas e frustações desde a infância uma ótima forma de praticar e desenvolver a resiliência?
Pra quem quiser saber mais:
http://www.reacao.com.br/programa_sbpc57ra/sbpccontrole/textos/sandravasconcelos-resiliencia.htmBjos e boa semana pra todos!!!!!
P.S.: Só pra constar: aqui
não vai nenhum juízo sobre a pessoa ser ou não resiliente, o que é certo ou errado, melhor ou pior! Cada um sabe de si e sabe também a dor e a delícia de ser o que é! E viva as diferenças!!!!